sábado, 11 de maio de 2013

Maquiadora diz que retocar Michael Jackson era parte de uma mentira

O cantor Michael Jackson em foto de junho de junho de 2005 (Foto: Timothy A. CLARY/AFP)

A equipe de Michael Jackson mentia sobre a verdadeira condição física do cantor nos dias anteriores à sua morte, em 2009, disse nesta sexta-feira (10) a estilista Karen Faye, em um depoimento no processo da família Jackson contra a promotora de shows AEG.

Quando o advogado da acusação, Brian Panish, pediu a Karen Faye que desse detalhes sobre o trabalho que fez no corpo do artista para apresentá-lo no velório, a cabeleireira e maquiadora rompeu em prantos. "Não queria mentir, doutor", soluçou. "A que se refere?", perguntou, então, o advogado.

"Todo mundo mentia depois que ele morreu (...). Eu sentia que retocar Michael era parte dessa mentira, e eu não queria ser parte disso", acrescentou Karen que, ainda assim, fez o trabalho.

Amiga pessoal de Michael por mais de 30 anos, Karen foi chamada para testemunhar pelos advogados da mãe de Michael, Katherine Jackson. Segundo a maquiadora, em resposta às preocupações da equipe com a extrema magreza do cantor durante os ensaios, ouviu o agente Frank DiLeo, falecido em 2011, comentar: "Deem um balde de frango para ele".

"Foi tão frio, foi uma resposta tão fria, que partiu meu coração", disse Karen, que voltou a chorar nesse momento. No encerramento da sessão desta sexta, Panish disse à imprensa que tenta apresentar como prova os e-mails de DiLeo à AEG. As cópias, garante, estão nas mãos do advogado da defesa. "Quando tentamos conseguir esses e-mails, eles não dão. Há uma boa razão para isso", acrescentou Panish.

Karen Faye também lembrou de um episódio com o figurinista Michael Bush. Depois de trocar Michael no banheiro do Staples Center de Los Angeles durante um ensaio em 19 de junho, Bush lhe contou: "Meu Deus, pude ver o coração de Michael batendo em seu peito".

Bush "estava muito impactado (...). Eu disse a ele que, sim, ele [Michael] estava muito magro", completou Faye. Ao ser questionada pelo advogado da AEG, Marvin Putnam, que tenta provar que o cantor foi responsável por sua própria morte, devido ao seu vício em medicamentos, Karen confirmou sua preocupação ao longo dos anos com esse hábito de Michael.

Ela confessou, porém, que nunca havia conversado com o astro sobre isso, nem sobre as acusações de pedofilia contra ele: "Eu era um lugar seguro para ele, de paz, não queria tratar desses assuntos".

Faye contou ainda que conversou pelo menos uma vez com Rebbie Jackson, irmã mais velha do cantor, e lembrou que houve "vários esforços para ajudar Michael por parte da família" – nenhum deles bem sucedidos.

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Saraiva