sábado, 18 de setembro de 2010

The Way He Made Me Feel - Parte 2


Estava muito tímida para ir falar com ele diretamente, e expliquei minha situação a Miko Brando, filho de Marlon Brando e o braço direito de Michael. Perguntei a ele se ele poderia me emprestar uma grana ou me dar uma carona. Miko falou que ia ver com Michael, mas achou que não tivesse nenhum problema em me dar uma carona na limusine. Minutos mais tarde, eu estava no caminho de volta pra casa, sentada ao lado de Michael na Mercedes dele, com Miko na direção. No começo Michael parecia nervoso, como uma criança. Conversamos bastante, basicamente sobre nossas famílias. Chegamos a um ponto de darmos as mãos. Quando cheguei em casa, agradeci a ele e disse que esperava vê-lo de novo. E ele falou: "Ah, você vai ver, sim".

Pouco tempo depois, fui contratada para trabalhar com Michael na Bad Tour, para fazer a parte do vídeo ao vivo em Kansas City e em Nova York. Se funcionasse, haveria mais performances em outras cidades durante a turnê. Naturalmente, eu estava fascinada por trabalhar com o Michael outra vez.

Fizemos os shows em Kansas City e daí chegamos a Nova York, onde teríamos três dias no Madison Square Garden. Eu tinha uma idéia para o fim da performance, que eu achava que iria melhorá-la. Depois da quente e intensiva perseguição de Michael, tudo o que ele fazia no final era me dar um abraço. Era como se não fosse o bastante, deixando a platéia desapontada. As pessoas vinham pra mim e falavam: "Se Michael está tão apaixonada pela garota, por que ele apenas dá um abraço nela no final?".

Eu queria discutir o problema com o Michael e perguntar a ele se estaria tudo bem se desse um beijo nele, em vez de apenas abraçá-lo. Mas era tudo tão corrido que eu não conseguia ver ou falar com ele exceto quando estávamos no palco. Então, na segunda noite de show, no fim do abraço, eu me ergui e dei um pequeno beijo nas buchechas dele. A platéia ficou maluca, Michael ficou surpreso, e sorriu. Depois de tudo, nada mais foi dito pelos seus ajudantes a não ser o rotineiro "Ótimo show!".

O próximo dia era o último marcado para eu fazer a performance, e eu liguei para a secretária do Michael e perguntei se poderia falar com ele. Ela me deu o número dele mas falou para eu não ficar muito tempo no telefone porque ele estava muito cansado. Eu liguei pra ele e agradeci pela oportunidade de trabalhar com ele. Eu também falei que esperava que meu pequeno beijo não o tivesse deixado zangado. Michael me assegurou que tudo estava certo. "Posso ir um pouco mais longe, hoje à noite?", perguntei a ele. "Sim, claro, seria demais", ele falou. Eu o agradeci novamente e desliguei.

Eu estava bastante nervosa na noite final, na hora que entrei no palco. Eu ficava me perguntando se deveria ou não realmente beijá-lo. Eu sabia que a platéia iria amar aquilo. Mas eu também estava sob a impressão, tanto pelo tempo que passei com o Michael e também pelas pessoas que trabalhavam com ele na produção, de que ele estava apaixonado por mim. Eu percebia pelos nossos olhares, nosso gestos, nossos abraços, pelas doces pequenas coisas que ele dizia ou fazia.

Quando chegamos ao fim do número, eu fiquei parada em frente dele. Minhas mãos estavam em seu pescoço e eu olhava diretamente nos olhos dele. Ele tinha aquele olhar bem sexy no rosto. Ele mordeu os lábios. Eu me empurrei em direção a ele e ele colocou as duas mãos na minha cintura. Nós nos abraçamos, e então nos beijamos na boca. A platéia foi à loucura. Eu me retirei do palco e Michael seguiu cantando e rindo, com muito mais vida na sua voz, como eu jamais havia ouvido.

Quando fui para os bastidores, todos os dançarinos me cumprimentaram, falando como o show tinha sido ótimo e de como Michael parecia estar feliz. Eu amei a maravilhosa repercussão que o show teve. Para mim foi muito mais que uma performance. Eu realmente gostava dele, e sabia que ele gostava de mim, também. Eu sentia que havia algo entre a gente.


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