A história de Michael Jackson antes da fama é exatamente igual a de milhões de crianças de todas as cores, credos e posição social em diversas partes do mundo. Ser vítima da violência doméstica, de abusos psicológicos, de padrões moralistas (e não morais) rígidos impostos por quem, geralmente, não tem a menor condição moral de impor o que quer que seja, tudo isso somado à pressão por parte de pais cegos diante da possibilidade do filho ser o pote de ouro no fim do arco-íris (em black & white), aproxima o pequeno Michael dos mortais.O que o distancia e o destingue dessa maioria, é que em silêncio ele abraçou e protagonizou essa história, cujo roteiro foi escrito por um pai frustrado diante do próprio fracasso como pessoa e artista. Um pai que usou a religião para manipular a família e submeter a todos, e em particular o pequeno Michael, às suas ambições. Jamais perguntou ou se importou com a vontade dos personagens desta história. Tratou logo de destruir a auto-estima de cada um deles, enfraquecendo-os e esvaziando-os de amor próprio. Transformou crianças em trabalhadores militarmente treinados, disciplinados à exaustão, operários de uma arte arquitetada para encher os seus bolsos, bancar suas orgias, empanturrar seu insaciável ego.
Michael Jackson não teve escolha. Não sabia o que era isso, escolha. Liberdade foi uma palavra, um sentimento, um estado de espírito jamais experimentado por ele, o escravo mais rico da história. Michael Jackson nasceu e não pôde ser menino. Virou astro cedo demais. Odiou a si próprio cedo demais. Ficou excêntrico cedo demais. Morreu cedo demais, antes mesmo de viver.
Migaaa passa la pra ver as novas fotos do livro do mike que mamae dele escreveu.. bjos!!
ResponderExcluirPS: peguei no mj love...
bj